sexta-feira, 13 de julho de 2012

Poluição das Águas - Esgoto Urbano


Poluição das Águas - Esgoto Urbano




A legislação (Decreto n.º 73.030/73, art. 13, § 1º) classifica como poluição da água qualquer alteração de suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, que possa importar em prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar das populações, causar dano à flora e à fauna ou comprometer o seu uso para fins sociais e econômicos. As águas podem ser tanto superficiais quanto subterrâneas.

Uma das principais fontes de poluição das águas são os resíduos urbanos provenientes de fontes industriais e rurais, que são despejados com concientização ambiental ou não. Metais pesados (mercúrio e chumbo por exemplo) e pesticidas despejados frequentemente nas águas geram perigos à saúde e ao meio ambiente. Bem como a contaminação provocada por fosfatos, onde o seu excesso na água provoca eutrofização, e este excesso de alimento gera como resultado um crescimento explosivo de algas que consumem o oxigênio da água, produzindo a morte de peixes e o empobrecimento do sistema ecológico.

Outra grande fonte de contaminação é o esgoto urbano, já que uma grande quantidade das cidades do Brasil não possuem sistemas de tratamento de esgoto, fazendo com que este seja despejado in natura ou semitratado nos corpos d'água.


Esgotos

A disposição adequada dos esgotos é essencial para a proteção da saúde pública, já que diversas doenças como cólera, disenteria, hepatite infecciosa e verminose podem ser transmitidas pela disposição inadequada de esgotos, e são responsáveis por elevados índices de mortalidade em países de terceiro mundo. Além, é claro, dos danos ambientais associado ao despejo do esgoto no ambiente.

Esgoto Urbano = Esgoto Doméstico + Esgoto Comercial + Esgoto Industrial

Composição geral do esgoto: proteínas, gorduras, hidratos de carbono, fenóis, detergentes e defensivos agrícolas, nitrogênio, fósforo, enxofre, metais pesados e compostos tóxicos.

Os grupos de substâncias orgânicas nos esgotos são constituídos principalmente de:
Compostos de proteínas – 40 a 60 %
Carboidratos – 25 a 50 %
Gorduras e óleos – 10 %
Uréia, surfactantes, fenóis, pesticidas e papéis – 2 a 5 %


Tratamento do Esgoto

O objetivo do tratamento de esgotos é remover as impurezas físicas, químicas e biológicas, principalmente os organismos patogênicos. Os processos utilizados para tratamento de esgotos, devem levar em conta as características do esgoto a ser tratado, bem como o grau de recepção do corpo d’agua onde o mesmo será lançado.

Esses tratamentos podem ser classificados em função do tipo de impurezas retiradas e o do seu grau de remoção:
Tratamento Preliminar
Tratamento Primário ou Físico-Químico
Tratamento Secundário ou Biológico
Tratamento Terciário ou Avançado
Tratamento e disposição do lodo

Geralmente são utilizados vários processos em sequencia para que possa ser obtido o resultado desejado.


Tratamento Preliminar
Remove o material mais grosseiro como os sólidos suspensos: trapos, escovas de dente, tocos de cigarro, excretas; e os sólidos decantáveis como areia e gordura. Dentre os processos mais utilizados, podem ser citados:
a) Gradeamento: remoção de sólidos grosseiros e flutuantes.
b) Peneiras: remoção de sólidos finos ou fibrosos que escapam ao gradeamento.
c) Caixas de Areia: remoção de areia e outros detritos pesados inertes.
d) Trituradores: redução de sólidos grosseiros a pequenas dimensões.
e) Caixas de Gordura: remoção de sólidos e gorduras.


Tratamento Primário
Tem por objetivo remover o material em suspensão, não grosseiro, que flutue ou decante, mas que requer o emprego de equipamentos com tempo de retenção maior que no tratamento preliminar: decantadores e flotadores que produzem o lodo primário ou cru que deve ser tratado antes de sua disposição, ou seja, otimizar o efluente ou esgoto doméstico para o tratamento biológico, através da remoção de grande parte da carga poluidora.

1 - Processos Físicos
a) Tanque de Equalização
b) Sedimentação: decantação de partículas sólidas por ação da gravidade.
c) Flotação: separação de partículas líquidas ou sólidas de maior densidade.

2 - Processos Químicos
a) Coagulação e floculação: adição de substâncias químicas que aumentam a massa da partícula, tornando-a mais pesada e maior, passível de sedimentar mais rapidamente.


Tratamento Secundário
O esgoto contém sólidos dissolvidos e finos sólidos suspensos que não decantam, para remove-los pode-se utilizar microrganismos que se alimentam dessa matéria orgânica suspensa ou solúvel, transformando-a em sais minerais e novos micro-organismos.
O tratamento secundário gera algumas vezes um lodo que precisa ser convenientemente manuseado, cujo tratamento e disposição devem ser encarados com atenção, pois, muitas vezes, essas operações tornam-se mais complicadas e dispendiosas do que o próprio tratamento de esgotos.
a) Fossas Sépticas: tanque de escoamento do esgoto de maneira contínua e horizontal.
b) Lagoas de Estabilização: sistemas de tratamento biológico por oxidação microbiológica e ação fotossintética das algas.
c) Digestores Anaeróbios de Fluxo Ascendente: tanque com decantador e defletor.
d) Lodos Ativados: flocos produzidos num esgoto bruto ou decantado pelo crescimento de bactérias ou outros organismos, na presença de oxigênio dissolvido.

Tratamento Terciário
É utilizado quando se deseja um esgoto tratado de qualidade superior. Nesse tratamento pode-se remover nutrientes, que normalmente não são retirados nos tratamentos anteriores, além da matéria orgânica, sólidos suspensos e patogênicos em um grau ainda maior que no tratamento secundário.



Portanto, todos os esforços para manter a integridade do meio ambiente e da saúde humana são válidos, sempre buscando conciliar desenvolvimento econômico e social com qualidade de vida e manutenção da natureza. Avançadas tecnologias e boas ideias não faltam para que se consiga alcançar a otimização dos processos e resultados.



Fontes consultadas
[1] http://www.aultimaarcadenoe.com.br - [2] http://www.terravista.pt - [3] http://www1.ceit.es - [4] http://www.fcapital.com.ar - [5]http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br - [6] http://www.uniagua.org.br - [7] http://inorgan221.iq.unesp.br - [8] http://www.quimioambiental.com.br - [9] http://www.scielo.br

 
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