Poluição das Águas
- Esgoto Urbano
A legislação (Decreto
n.º 73.030/73, art. 13, § 1º) classifica como poluição da água
qualquer alteração de suas propriedades físicas, químicas ou
biológicas, que possa importar em prejuízo à saúde, à segurança
e ao bem estar das populações, causar dano à flora e à fauna ou
comprometer o seu uso para fins sociais e econômicos. As águas
podem ser tanto superficiais quanto subterrâneas.
Uma das principais
fontes de poluição das águas são os resíduos urbanos
provenientes de fontes industriais e rurais, que são despejados com
concientização ambiental ou não. Metais pesados (mercúrio e
chumbo por exemplo) e pesticidas despejados frequentemente nas águas
geram perigos à saúde e ao meio ambiente. Bem como a contaminação
provocada por fosfatos, onde o seu excesso na água provoca
eutrofização, e este excesso de alimento gera como resultado um
crescimento explosivo de algas que consumem o oxigênio da água,
produzindo a morte de peixes e o empobrecimento do sistema
ecológico.
Outra grande fonte de
contaminação é o esgoto urbano, já que uma grande quantidade das
cidades do Brasil não possuem sistemas de tratamento de esgoto,
fazendo com que este seja despejado in natura ou semitratado
nos corpos d'água.
Esgotos
A disposição adequada
dos esgotos é essencial para a proteção da saúde pública, já
que diversas doenças como cólera, disenteria, hepatite infecciosa e
verminose podem ser transmitidas pela disposição inadequada de
esgotos, e são responsáveis por elevados índices de mortalidade em
países de terceiro mundo. Além, é claro, dos danos ambientais
associado ao despejo do esgoto no ambiente.
Esgoto Urbano = Esgoto
Doméstico + Esgoto Comercial + Esgoto Industrial
Composição geral do
esgoto: proteínas, gorduras, hidratos de carbono, fenóis,
detergentes e defensivos agrícolas, nitrogênio, fósforo, enxofre,
metais pesados e compostos tóxicos.
Os grupos de
substâncias orgânicas nos esgotos são constituídos principalmente
de:
Compostos de proteínas
– 40 a 60 %
Carboidratos – 25 a
50 %
Gorduras e óleos –
10 %
Uréia, surfactantes,
fenóis, pesticidas e papéis – 2 a 5 %
Tratamento do Esgoto
O objetivo do
tratamento de esgotos é remover as impurezas físicas, químicas e
biológicas, principalmente os organismos patogênicos. Os processos
utilizados para tratamento de esgotos, devem levar em conta as
características do esgoto a ser tratado, bem como o grau de recepção
do corpo d’agua onde o mesmo será lançado.
Esses tratamentos podem
ser classificados em função do tipo de impurezas retiradas e o do
seu grau de remoção:
Tratamento Preliminar
Tratamento Primário ou
Físico-Químico
Tratamento Secundário
ou Biológico
Tratamento Terciário
ou Avançado
Tratamento e disposição
do lodo
Geralmente são
utilizados vários processos em sequencia para que possa ser obtido o
resultado desejado.
Tratamento Preliminar
Remove o material mais
grosseiro como os sólidos suspensos: trapos, escovas de dente, tocos
de cigarro, excretas; e os sólidos decantáveis como areia e
gordura. Dentre os processos mais utilizados, podem ser citados:
a) Gradeamento: remoção
de sólidos grosseiros e flutuantes.
b) Peneiras: remoção
de sólidos finos ou fibrosos que escapam ao gradeamento.
c) Caixas de Areia:
remoção de areia e outros detritos pesados inertes.
d) Trituradores:
redução de sólidos grosseiros a pequenas dimensões.
e) Caixas de Gordura:
remoção de sólidos e gorduras.
Tratamento Primário
Tem por objetivo
remover o material em suspensão, não grosseiro, que flutue ou
decante, mas que requer o emprego de equipamentos com tempo de
retenção maior que no tratamento preliminar: decantadores e
flotadores que produzem o lodo primário ou cru que deve ser tratado
antes de sua disposição, ou seja, otimizar o efluente ou esgoto
doméstico para o tratamento biológico, através da remoção de
grande parte da carga poluidora.
1 - Processos Físicos
a) Tanque de
Equalização
b) Sedimentação:
decantação de partículas sólidas por ação da gravidade.
c) Flotação:
separação de partículas líquidas ou sólidas de maior densidade.
2 - Processos Químicos
a) Coagulação e
floculação: adição de substâncias químicas que aumentam a massa
da partícula, tornando-a mais pesada e maior, passível de
sedimentar mais rapidamente.
Tratamento Secundário
O esgoto contém
sólidos dissolvidos e finos sólidos suspensos que não decantam,
para remove-los pode-se utilizar microrganismos que se alimentam
dessa matéria orgânica suspensa ou solúvel, transformando-a em
sais minerais e novos micro-organismos.
O tratamento secundário
gera algumas vezes um lodo que precisa ser convenientemente
manuseado, cujo tratamento e disposição devem ser encarados com
atenção, pois, muitas vezes, essas operações tornam-se mais
complicadas e dispendiosas do que o próprio tratamento de esgotos.
a) Fossas Sépticas:
tanque de escoamento do esgoto de maneira contínua e horizontal.
b) Lagoas de
Estabilização: sistemas de tratamento biológico por oxidação
microbiológica e ação fotossintética das algas.
c) Digestores
Anaeróbios de Fluxo Ascendente: tanque com decantador e defletor.
d) Lodos Ativados:
flocos produzidos num esgoto bruto ou decantado pelo crescimento de
bactérias ou outros organismos, na presença de oxigênio
dissolvido.
Tratamento Terciário
É utilizado quando se
deseja um esgoto tratado de qualidade superior. Nesse tratamento
pode-se remover nutrientes, que normalmente não são retirados nos
tratamentos anteriores, além da matéria orgânica, sólidos
suspensos e patogênicos em um grau ainda maior que no tratamento
secundário.
Portanto, todos os
esforços para manter a integridade do meio ambiente e da saúde
humana são válidos, sempre buscando conciliar desenvolvimento
econômico e social com qualidade de vida e manutenção da natureza.
Avançadas tecnologias e boas ideias não faltam para que se consiga
alcançar a otimização dos processos e resultados.
Fontes consultadas
[1]
http://www.aultimaarcadenoe.com.br - [2]
http://www.terravista.pt - [3] http://www1.ceit.es - [4]
http://www.fcapital.com.ar - [5]http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br - [6]
http://www.uniagua.org.br - [7]
http://inorgan221.iq.unesp.br - [8]
http://www.quimioambiental.com.br - [9]
http://www.scielo.br
1 comentários:
Aos engenheiros e projetistas de redes de drenagem e esgoto urbana e que usam o Civil 3D, segue o link do C3DRENESG4, para dimensionamento de redes de drenagem e esgoto urbano: http://tbn2net.appspot.com/showprog?progid=C3DRENESG4
Veja os vídeos: https://www.youtube.com/playlist?list=PLV0yCqjXOwkiOFUjRiNjNu9ChtNB4ryXT
Postar um comentário