Energia Solar Térmica e Fotovoltaica
Energia é definida como a capacidade de realizar trabalho. Quando usamos uma força sobre um objeto e o deslocamos de um ponto a outro estamos realizando um trabalho. A força pode ser, por exemplo:
- dos ventos: energia eólica;
- dos mares: energia maremotriz;
- da queda d’água em uma cachoeira: energia hidráulica;
- da expansão de um material sólido, líquido ou gasoso quando aquecido: energia térmica;
- da luz: energia luminosa ou radiante;
- da luz e do calor do sol: energia solar.
- dos vulcões e das fontes de água térmica: energia geotérmica;
- da existente nos seres vivos: energia vital.
As fontes de energia podem ser classificadas em primárias, secundárias, renováveis e não-renováveis.
- Fontes primárias são aquelas cujos combustíveis são substâncias naturais, como o petróleo, o carvão mineral, o gás natural e a lenha.
- Fontes secundárias são aquelas que trabalham com combustíveis derivados de outros combustíveis, como o óleo diesel e a gasolina (derivados do petróleo).
- Fontes renováveis são aquelas que têm seus combustíveis inesgotáveis ou que suas reposições são realizadas em curto prazo. O sol é uma fonte de energia renovável porque é considerada inesgotável. A lenha, o bagaço de cana e o álcool são fontes renováveis para as usinas termelétricas porque são produzidos e repostos em curto prazo. Os lagos são fontes renováveis porque a água é rapidamente reposta pelas chuvas.
- Fontes não-renováveis são aquelas que têm seus combustíveis renovados em séculos ou milênios, como o petróleo e o gás natural.
Até então, a humanidade tem usado, de uma forma geral, as fontes não-renováveis. Essas fontes podem se esgotar em algumas dezenas ou centenas de anos. Assim, o momento é muito propício para se pensar no uso de outras fontes. Alguns países estão investindo em fontes renováveis. O Brasil está aproveitando o aquecimento solar e começa a investir também na energia eólica, na queima do bagaço de cana e no biodiesel.
Quando se trata de encontrar soluções para o problema de abastecimento de energia no mundo, a energia solar pode ser a principal delas. O interesse pela utilização da radiação solar como fonte de energia alternativa cresceu muito na duas últimas décadas, por razões econômicas, principalmente após a crise do petróleo de 1973, quando os estudos nessa área receberam grande impulso nos Estados Unidos e na Europa. Hoje, esse interesse está adquirindo maior dimensão, abrangendo não só o aproveitamento dessa radiação como fonte de energia limpa e renovável, mas também o conhecimento do clima e de suas mudanças -- uma questão crucial, que envolve a própria manutenção da vida na Terra.
Energia solar térmica e fotovoltaica
Segundo a Lei da conservação da energia: “A energia não pode ser criada nem destruída, mas apenas transformada.” Valendo-se deste princípio, temos que, parte da energia solar que aquece o nosso planeta transforma-se em energia térmica e esta cria os ventos, que passam a uma energia eólica, que por sua vez pode ser transformada em energia elétrica.
As aplicações mais comuns da energia solar são a conversão da radiação solar em energia térmica, para o aquecimento de água, secagem de produtos agrícolas, geração de vapor e elétrica ou fotovoltaica para a refrigeração, bombeamentos e iluminação.
No sistema termossolar é indispensável o uso do coletor solar, equipamento responsável pela absorção e transferência da radiação do sol para um fluido (nem sempre é a água). O coletor solar plano é uma caixa retangular rasa, de material metálico ou plástico, coberta de vidro ou plástico transparentes. Dentro dele encontra-se a serpentina - de cobre, devido à sua alta condutividade térmica - por onde o fluido escoa. A placa absorvedora ou aleta, de cobre ou alumínio, envolve a serpentina e é pintada de preto para facilitar a absorção de calor. A água fria, ao passar pelos canos se aquece, completando o ciclo.
O aproveitamento da energia solar é um projeto viável, tanto em termos técnicos quanto econômicos. O elevado custo, principal obstáculo para sua utilização em escala comercial, já está sendo vencido. Especialistas nessa tecnologia prevêem uma queda de até seis vezes no preço do quilowatt (kW) obtido a partir de energia solar até o ano 2015. Mas o uso dessa energia ainda enfrenta dois grandes problemas: a intermitência, pois depende do ciclo diurno e de variações aleatórias de insolação (causadas principalmente por nuvens), e o baixo rendimento de energia por unidade de superfície.
Nos sistemas fotovoltaicos a radiação solar é convertida em energia elétrica por intermédio dos chamados semicondutores, que são configurados em elementos denominados células fotovoltaicas.
Os semicondutores feitos de silício são os mais usados na construção das células e o seu rendimento possível razoável é, atualmente, de cerca de 25-30%. Uma vez que cada célula produz uma corrente contínua de intensidade relativamente fraca, procede-se à sua associação para obter, após encapsulamento, um conjunto denominado módulo fotovoltaico. O agrupamento de módulos, colocados numa mesma estrutura de suporte, forma um painel. Quando incide luz solar com energia suficiente sobre estas estruturas, produz-se uma corrente de eletrons, obtendo-se assim energia elétrica utilizável.
Já o painel fotovoltaico - utilizado para converter a energia solar em eletricidade - não depende de calor. A conversão da energia é realizada pelas células solares, através do efeito fotovoltaico: os fótons (carga elétrica nula) incidentes e os átomos de certos materiais provocam um deslocamento dos elétrons, carregados negativamente, e geram uma corrente elétrica. Portanto, a energia solar fotovoltaica é apropriada também para regiões de pequena incidência dos raios solares. É uma boa solução para localidades de difícil acesso, que inviabilizam a instalação das linhas de transmissão de energia elétrica.
As principais vantagens atribuídas aos sistemas fotovoltaicos são:
ñ A facilidade de manutenção (apenas é necessário proceder-se periodicamente à sua limpeza);
ñ A possibilidade de armazenar a eletricidade gerada em baterias;
ñ Os impactos relativamente reduzidos, principalmente na fase de operação e a contribuição para a redução da dependência externa, em termos de importação de combustíveis fósseis.
Em relação às desvantagens referem-se:
ñ Os custos de implementação associados;
ñ As condicionantes inerentes à natureza da energia solar são as alterações de luz ao longo das 24 horas, a presença de condições climatéricas desfavoráveis (chuva, nuvens) e o sombreamento causado por árvores ou edifícios é que reduzem a eficiência do sistema;
ñ A necessidade de manutenção e substituição de baterias e os impactos negativos durante as fases de produção, construção e desmantelamento.
Impactos Ambientais
Embora não poluentes, as energias alternativas não estão isentas de impactos negativos na natureza. Em termos de produção de eletricidade, os painéis fotovoltaicos devolvem a energia empregada na sua construção em cerca de três anos, e emitem, relativamente a uma central térmica convencional, cerca de 20% menos CO2 para a mesma quantidade de eletricidade produzida.
Os impactos ambientais mais importantes ocorrem nas fases de produção, construção e desmantelamento dos sistemas. Na construção de células fotovoltaicas utilizam-se diversos materiais perigosos para o ambiente e saúde e é consumida uma quantidade apreciável de energia, a que está ligada a emissão de poluentes atmosféricos, nomeadamente de gases de estufa. Alguns tipos de células (ex: CdTe e CIS) utilizam matérias-primas raras, o que, em caso do fabrico em grande escala, pode contribuir para a depleção de recursos naturais. São ainda produzidos resíduos sólidos, alguns dos quais perigosos, requerendo um manuseamento e deposição controlados.
A magnitude dos impactos associados à implementação deste tipo de sistemas depende de fatores como a sua dimensão, eficiência e natureza da área de implantação. Um dos principais impactos da instalação de grandes parques fotovoltaicos resulta da ocupação de solo e das alterações causadas aos ecossistemas presentes e à paisagem em termos visuais. Os sistemas de pequena dimensão, sobretudo quando instalados em telhados ou fachadas, têm impactos visuais reduzidos.
O desmantelamento dos painéis fotovoltaicos pode representar um risco para o ambiente, devido à periculosidade dos materiais que os constituem.
Os impactos ambientais mais importantes ocorrem nas fases de produção, construção e desmantelamento dos sistemas. Na construção de células fotovoltaicas utilizam-se diversos materiais perigosos para o ambiente e saúde e é consumida uma quantidade apreciável de energia, a que está ligada a emissão de poluentes atmosféricos, nomeadamente de gases de estufa. Alguns tipos de células (ex: CdTe e CIS) utilizam matérias-primas raras, o que, em caso do fabrico em grande escala, pode contribuir para a depleção de recursos naturais. São ainda produzidos resíduos sólidos, alguns dos quais perigosos, requerendo um manuseamento e deposição controlados.
A magnitude dos impactos associados à implementação deste tipo de sistemas depende de fatores como a sua dimensão, eficiência e natureza da área de implantação. Um dos principais impactos da instalação de grandes parques fotovoltaicos resulta da ocupação de solo e das alterações causadas aos ecossistemas presentes e à paisagem em termos visuais. Os sistemas de pequena dimensão, sobretudo quando instalados em telhados ou fachadas, têm impactos visuais reduzidos.
O desmantelamento dos painéis fotovoltaicos pode representar um risco para o ambiente, devido à periculosidade dos materiais que os constituem.
Neste contexto, parece que no futuro a solução para o problema da energia, terá que passar não pela exploração de um método perfeito, mas sim da procura de um equilíbrio entre os diferentes métodos aplicados a diferentes realidades. Ainda mais importante que procurar novas formas de obter energia, de a aproveitar ou armazenar, é sem dúvida conseguir reduzir os seus custos.
Vantagens e desvantagens de diferentes energias:
Fonte
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Vantagens
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Desvantagens
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Carvão
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Nuclear
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Hidrelétrica
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Marés
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Uma vez construída a barragem a força das marés é gratuita.
Não produz gases do efeito estufa ou outros poluentes.
Manutenção barata. Marés são previsíveis e energia elétrica é confiável. |
Construção cara.
Afeta uma extensa área a montante e jusante, interferindo no ciclo de alimentação de pássaros marinhos. Energia é gerada por aproximadamente 10 horas, quando há movimento de marés. Não há muitos locais apropriados para uma estação desta natureza. |
Gás/Óleo
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Vento
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Sol
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Biomassa
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Combustível a partir de resíduos
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Fusão
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Fontes de consulta:
www.aondevamos.eng.br/galeria/html/energiasolar.htm
www.netwaybbs.com.br/arnaldo/
www.sfv.de/sstartp.htm
www.sun-consult.de/portugues.html
http://www.sbpe.org.br/v8n2/v8n2a2.htm
http://www.aondevamos.eng.br/galeria/artigos.htm
http://www.ebanataw.com.br/roberto/energia/ener7.htm
http://www.terravista.pt/enseada/4804/Mainsolar.htm
http://www.ecen.com/eee17/emisterm.htm
http://www.ufpa.br/numa/numainforma/energia_sol.htm
http://www.cresesb.cepel.br
1 comentários:
muito bom o assunto abordado
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